Essa doença mental pode envolver uma série de desafios, tanto na vida do paciente quanto na de seus cuidadores. Descubra como é viver com uma criança com esquizofrenia.
Quando o filho de Sarah Nicolleli foi diagnosticado com esquizofrenia, há mais de 14 anos, tudo mudou. Como uma doença que geralmente envolve alucinações visuais e auditivas, bem como surtos repentinos que podem exigir hospitalização, a presença de cuidadores é essencial. E, nesse sentido, o papel da família e dos entes queridos é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, a família de um indivíduo com esquizofrenia geralmente está sob grande estresse. Eles podem até ter uma qualidade de vida pior e mais depressão do que os outros.
Assista ao vivo novamenteComo lidar com o diagnóstico de esquizofrenia de uma criança?
“Um dia ele teve um surto psiquiátrico e foi aí que começaram os sinais de alerta”, disse Sarah. Ele foi hospitalizado por um período, quando os médicos lhe disseram que seu filho tinha esquizofrenia. No início, foi difícil para ela admitir isso, mas ela não desistiu.
Apesar de estar sozinha com a filha, ela começou a buscar todo tipo de informação e ajuda: “Tive que enfrentar tudo praticamente sozinha. Quando eu tinha que sair para trabalhar, porque eu era o único provedor, tinha que deixá-lo sozinho. Até que encontrei estratégias”.
Como posso ajudar meu filho com esquizofrenia?
Os pacientes com esquizofrenia podem ter dificuldades para levar uma vida autônoma. “Você precisa entender que a pessoa não é a doença. Há seu filho de um lado e a esquizofrenia do outro”, reflete Sarah. Por isso, é importante acompanhá-lo o tempo todo, “principalmente nos momentos em que ele não quer tomar a medicação, se retrai ou não quer ir à consulta com o psiquiatra”.
Cada paciente é uma realidade diferente e os cuidadores têm de conviver com períodos de doença aguda. Mas é importante que eles tenham uma rede de laços sociais e apoio financeiro.
Estabelecer vínculos com outros cuidadores
A associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia nasceu em 2018 a partir da necessidade de poder compartilhar seus conhecimentos e experiências com outros pais cuidadores. “Muitas pessoas começaram a se associar, de todo o Brasil, até mesmo de outros países, que estavam procurando apoio”, disse Sarah.
Assista ao vivo novamenteEles acompanharam centenas de famílias ao longo dos anos, fornecendo apoio terapêutico, psicológico e jurídico. Eles também divulgam pesquisas médicas para pacientes com esquizofrenia.
Você pode saber mais sobre o importante trabalho de Sarah no site da AMME.